Cursos e workshops!, Descanso para os olhos, Design de interiores, estamparia, Inspiração, Moda, Testes de cor

O fenômeno da COR e seus mistérios

Curso Projetando com a COR / Universo da Cor, São Paulo, mar2014

A percepção da cor é um fenômeno decorrente da especialização da visão humana, também presente em outras espécies de animais, como pássaros, primatas, insetos e peixes.

Por ser a cor inerente ao nosso universo visual, às vezes não nos damos conta de como a sua percepção é suscetível a alterações e efeitos curiosos.

 

Mas quem faz uso constante das composições de cores em seus projetos sabe como dá trabalho elaborar combinações agradáveis, evitar situações ofuscantes e balancear os contrastes.

Frequentado por designers, fotógrafos, arquitetos e profissionais da moda, o curso Projetando com a COR amplia a percepção das relações entre as cores a partir das constatações da neurociência e contribui para a elaboração de composições sedutoras, assegurando a boa legibilidade dos contrastes de cor. É essencial para quem precisa garantir o conforto visual, sem perder horas e horas com o método da tentativa e erro.

Não se trata de um curso que oferece receitas prontas de combinações de cores, mas de um treino visual que permite compreender a dinâmica dos contrastes.

Curso Projetando com a COR / Universo da Cor, São Paulo, set/2013
Curso Projetando com a COR / Universo da Cor, São Paulo, set/2013

É muito gratificante para mim, que ministro esse curso há mais de 14 anos, observar o espanto e a descoberta na expressão dos alunos durante os exercícios com placas coloridas (kit Projetando com a COR).

O sorriso e a satisfação desses profissionais das áreas de comunicação visual, ao perceberem o alcance de conceitos como “contraste simultâneo” ou “interatividade cromática”, é sem dúvida o que mais me estimula nesta atividade didática.

Curso Projetando com a COR / Universo da Cor, São Paulo, set/2013
Curso Projetando com a COR / Universo da Cor, São Paulo, set/2013

A próxima turma será agora em final de agosto:
Últimas vagas – sexta e sábado, 29 e 30/agosto/2014, no Universo da Cor, em São Paulo!
*Obs.: Aproveite para pagar a matrícula com desconto até o dia 31/julho!

Mais informações (valores, inscrição e matrícula):
http://www.universodacor.com.br/cursos-e-eventos/68/programa/projetando-com-a-cor.html

Veja, aqui mesmo no Blog, + fotos das últimas turmas

Curso Projetando com a COR, realizado em março/2014 no Universo da Cor Centro de Estudos e Pesquisas sobre as Cores
Curso Projetando com a COR / Universo da Cor, São paulo, mar/2014

Conheça outros cursos oferecidos pelo Universo da Cor, em São Paulo!

Cursos programados
http://www.universodacor.com.br/cursos-e-eventos
Cursos em breve:
http://www.universodacor.com.br/cursos-e-eventos/programas/em-breve.html

A cor nos ambientes internos, Cursos e workshops!, Descanso para os olhos, Design de interiores

A COR nos ambientes internos

Designers de interiores e arquitetos sabem que um projeto transforma-se com a composição de cores. Sutis diferenças de luminância entre os tons coloridos, como mostram as imagens abaixo, fazem grande diferença na leitura do espaço e sua atmosfera. Por isso é tão importante, sobretudo para esses profissionais, compreender o funcionamento do nosso aparelho visual e aprender a dominar as relações entre os contrastes.

ambientes_1.jpg
Simulação de cores / atmosfera / utilizada no curso A COR nos ambientes internos

ambientes_2

ambientes_3


A relação entre as cores e o conforto ambiental

Um ambiente oferece conforto visual quando os contrastes entre as cores foram bem resolvidos, ou seja, quando não causam ilusão de ótica ou ofuscamento. Além disso, é preciso garantir uma boa leitura dos objetos e do espaço. E, finalmente, alinhar tudo isso com a proposta/uso/atmosfera do ambiente. Trata-se de um trabalho bastante complexo, pois são muitos os detalhes e os elementos que participam da composição das cores em um ambiente: tecidos, revestimentos e acabamentos; pintura das paredes, piso e teto; tapetes, mobiliário, quadros etc.

Sem contar com a influência da luz natural e artificial, pois a percepção das cores e da atmosfera dependerá da distribuição, qualidade e dos níveis de iluminação. 

Não é atoa que muitos profissionais sentem-se inseguros na hora da escolha das cores. Isso acontece porque eles não tiveram a oportunidade de discutir com profundidade essas questões durante o curso de graduação. Quando a composição de cores se torna um jogo intrincado e sem referências, a decisão fica por conta da intuição ou resulta do método da tentativa e erro, no qual várias possibilidades são experimentadas até se alcançar uma combinação satisfatória. O problema é que, nestes casos, fica difícil entender e justificar as próprias escolhas. 

Ouço dos meus alunos que a dificuldade enfrentada por eles durante o processo de selecionar as cores acaba levando-os a usar as mesmas composições de projetos anteriores, ou a trabalhar com os tons neutros para não criar muitos atritos com os clientes. Diante desta limitação, eles procuram os meus cursos e acabam descobrindo um universo de novas possibilidades, na medida em que assimilam as leis dos contrastes e entendem o funcionamento do sistema visual humano. 

ACorAmbientesInternosUDC (104)

Outra dificuldade enfrentada por arquitetos e decoradores está na argumentação para convencer o cliente de que a composição de cores escolhida valoriza o projeto. Os cursos “Projetando com a COR”, “Círculo cromático” e “A COR nos ambientes internos” surgiram para preencher essa lacuna na formação de arquitetos e designers oferecendo uma abordagem profunda dos contrastes e das composições cromáticas, embasada na neurobiologia dos sistemas visuais.

Uma vez compreendidos os processos de compensação visual associados à percepção das cores, os alunos passam a questionar as próprias escolhas, observando seus efeitos e livrando-se de preconceitos.

No curso “A COR nos ambientes internos”, alguns exercícios são realizados diretamente com amostras dos materiais de revestimentos (como texturas, carpetes, pisos cerâmicos, tecidos etc). A textura das superfícies modela a luz, interferindo na percepção das cores.

ACorAmbientesInternosUDC (147)

A minha linha de pesquisa e trabalho com as cores é contra a imposição de regras de harmonia, ou receitas prontas de composições ideias. A concepção de harmonia articula-se com a cultura, com os hábitos, com influências de diversas origens e também esta relacionada ao gosto subjetivo do usuário. Assim como não podemos falar de uma forma ideal para um projeto específico – por exemplo, a planta ideal de uma sala, o melhor desenho para a estampa de um tecido decorativo -, também não convém limitar o universo das cores a padrões preestabelecidos. Cada projeto tem suas particularidades, envolvendo costumes e contextos dos usuários. Cada caso é um caso.

Gosto não se discute, se compreende

Um dormitório pintado num tom de azul suave (pouco saturado) pode parecer, a princípio, a receita de um ambiente relaxante para qualquer usuário. Mas isso é um grande engano. A mesma tonalidade de azul, pode ser tediosa para uns, muito escura para outros, ou pode contrastar excessivamente com o mobiliário, por exemplo. Assim, é preciso investigar as preferências cromáticas do usuário, procurando adequá-las à atmosfera que se pretende criar no ambiente.

A identidade cromática do cliente não se resume à cor que ele mais gosta. Trata-se sobretudo de conhecer a sua predileção por contrastes, níveis de claridade e combinações.

Algumas pessoas relaxam em ambientes claros e se sentem sufocadas em ambientes escuros. Outras precisam de ambientes mais intimistas – menos iluminados – para repousar. Há preferências por contrastes fortes e também por transições suaves. O gosto subjetivo do usuário não deve ser descartado, mas compreendido pelo arquiteto, contribuindo para um projeto adequado à sua sensação de bem-estar.

Entre os fatores objetivos podemos considerar o equilíbrio dos contrastes que evita situações de desconforto ou confusão visual.

As cores dependem dos contrastes para serem percebidas. Um tom de azul, por exemplo, interage de maneira diferente com as demais cores e texturas que participam do campo visual. Se os móveis são de madeira escura, o tom de azul da parede tenderá a parecer mais claro, ao passo que  o contraste com a madeira clara e amarelada levará à percepção de um azul bem mais intenso, como mostra a imagem abaixo.

ambientes_4

Para controlar os contrastes, ou seja, compreender como é possível intensificá-los ou diminuí-los adicionando outras cores, é fundamental conhecer as misturas dos pigmentos. Por essa razão, a pedido dos meus alunos, desenvolvi o workshop Círculo cromático, um curso estritamente prático, com duração de um dia, no qual os participantes misturam tintas para obter mais de 90 tonalidades, partindo das cores primárias. Este workshop possibilita aos alunos a confecção dos seus próprios modelos cromáticos – um círculo e uma estrela – ferramentas que auxiliam o exercício de combinação de cores e previsão de contrastes.

circulo

Uma composição agradável para longa permanência, que possa surpreender sem comprometer o conforto visual, depende portanto de um conjunto de fatores subjetivos e objetivos. Essa forma de abordagem permite elaborar o projeto cromático de um ambiente considerando o perfil do usuário e a neurobiologia dos sistemas visuais.

Para informações mais detalhadas sobre os cursos citados neste post, acesse:

ima_cursos_ambientes1Curso A COR nos ambientes internos
Carga horária 12h/aula

Próxima turma: Terça e quarta, 22 e 23.maio.2018

Terça das 9 às 18h e quarta das 9 às 13h

ima_curso_circuloWorkshop Círculo Cromático
Carga horária 7h/aula

Próxima turma: Domingo, 20.maio.2018
das 9 às 17h

Conheça também o curso Projetando com a COR!

A cor na arte, Livros I COR

A cor no processo criativo

Já em sua 4ª edição, “A COR NO PROCESSO CRIATIVO” é um livro bastante conhecido em escolas de arte e design.

No ano de seu lançamento pela editora Senac-sp, em 2006, foi selecionado pelo Museu da Casa Brasileira para a exposição do 20° Prêmio Design na categoria trabalhos escritos.

Sinto uma grande satisfação em relação a este trabalho, principalmente quando estudantes, arquitetos, designers ou consultores de imagem me contam o quanto a sua leitura lhes foi útil e esclarecedora.

Trata-se em síntese de um livro sobre a cor que aborda os processos criativos. O texto é bastante acessível e parte de muitas imagens para falar de Goethe, da Bauhaus e seus mestres pintores.

Na época da pesquisa de mestrado, eu criei ilustrações e esquemas cromáticos para compreender e expor as teorias de Itten, Kandisnky, Klee e Albres. Acredito que este esforço para redesenhar os esquemas gráficos destes mestres da cor tenha contribuído para tornar o livro mais didático e interessante.

Voltado à atividade criativa, o livro oferece uma visão abrangente do uso das cores que não se restringe apenas aos aspectos técnicos ou físico-químicos do fenômeno cromático, nem recai no dogmatismo das superstições e preconceitos que cercam a maior parte das publicações sobre psicologia das cores.

Procurei compreender os processos de assimilação das cores pelo sistema visual humano, assim como fizeram Goethe e os mestres da cor. As teorias da Bauhaus relatadas no livro nos mostram como as relações entre as cores que caracterizam o nosso sistema visual podem ser apropriadas pela linguagem plástica para cooperar com a transmissão de sentimentos, sensações e mensagens.

Para uma apresentação mais completa do livro, transcrevo a seguir o release da primeira edição, providenciado na época do lançamento pela editora Senac-sp:

“A cor é um fenômeno que exerce fascínio, desperta interesse e deslumbramento nas pessoas. Quem trabalha com fotografia, arte, cenografia ou qualquer área da comunicação visual conhece sua importância no processo de criação e composição da imagem.

Para mostrar que o estudo das cores pode ultrapassar as abordagens intuitivas ou místicas até então realizadas no Brasil, a arquiteta e urbanista Lílian Ried Miller Barros escreveu A Cor no Processo Criativo – um estudo sobre a Bauhaus e a teoria de Goethe, lançamento da Editora Senac São Paulo para a 19ª Bienal Internacional do Livro, em 2006. A pesquisa inédita no país apresenta um diagnóstico da influência, da percepção e dos sentimentos humanos na escolha dos tons e combinações.

Fruto de uma dissertação de mestrado desenvolvida na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU – USP), o livro faz uma análise sobre a Bauhaus – famosa escola de design alemã –, que concebeu a cor como ferramenta criativa, pensando-a paralelamente ao ensino das formas. A autora reúne o pensamento de artistas que fizeram parte dessa doutrina como Paul Klee, Josef Albers, Johannes Itten e Wassily Kandinsky, mostrando suas reflexões sobre a comunicação visual e suas metodologias didáticas, que enriqueceram o ensino das artes. Os representantes da Bauhaus uniram questões subjetivas, experiências pessoais e técnicas de libertação criativa às teorias das cores.

A obra também aborda as questões relativas à percepção da cor pelo ser humano e as distorções e adaptações do nosso aparelho visual conhecidas como ilusões de ótica. Uma das premissas da didática da cor na Bauhaus era justamente trazer à tona as leis da percepção visual humana como fator determinante do conceito de harmonia cromática.

Para traduzir estas teorias, a autora desenvolveu e adaptou muitas ilustrações,  algumas inéditas, que facilitam a compreensão do leitor.

Por fim, no último capítulo, o livro investiga a Doutrina das Cores de Goethe, que abriu novas portas para o conhecimento das cores no século 18 e serviu como base para os mestres da Bauhaus e outros estudos que se seguiram. Goethe foi o primeiro a entender a cor como um fenômeno fisiológico e psicológico e não apenas físico como proposto anteriormente por Isaac Newton.”

O livro A cor no processo criativo encontra-se à venda nas maiores livrarias do país.

Valor do livro (sugerido pela editora): R$ 119,00